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Saúde - Terça-feira, 02 de Julho de 2013

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Saúde participa do V Seminário Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio

Saúde participa do V Seminário Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio


Saúde participa do V Seminário Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS) e o Sistema de Saúde Mãe de Deus (SSMD) realizaram nesta quarta-feira (26), o V Seminário Estadual de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio. O evento pretende instrumentalizar profissionais em saúde de todo o Estado, através de palestras e trocas de experiências, para que possam desenvolver métodos de prevenção ao suicídio.   Conforme a chefe da divisão de vigilância epidemiológica da SES, Marilina Bercini, o tema suicídio nunca esteve tão em evidência como agora. Segundo ela, o perfil epidemiológico da população, hoje, tem os maiores índices de óbito por neoplasias, doenças cardíacas, violência e, principalmente, suicídios. "Temos que falar sobre esse assunto. A Vigilância tem um papel importante em acompanhar este problema através do compilamento de dados que informem os municípios de maior incidência, onde ocorreram os casos e a faixa etária destas pessoas, para que possa desenvolver ações visando à prevenção destes casos", ressaltou Marilina.  O médico psiquiatra do SSMD, Ricardo Nogueira, alertou que atualmente o suicídio é um problema de saúde pública, pois há um crescente número de casos. De acordo com o médico, antes o suicídio era maior entre os mais velhos, mas agora é mais comum entre adolescentes, adultos e jovens. A maior incidência é em municípios pequenos.  Desde o ano 2000, o RS registra mais de 1.000 óbitos por ano, e é o estado com maior incidência de suicídios no país. "Este fenômeno é visto como um problema individual e não social. Precisamos desmistificá-lo, promovendo uma discussão mais ampla para gerar ações e políticas públicas, visando à prevenção e o controle deste fator que é complexo e multifatorial", destacou o psiquiatra. Segundo o Ministério da Saúde (MS), ocorreram 9.852 mortes (por suicídio) no Brasil em 2011, o equivalente a 27 óbitos por dia.  A coordenadora do Núcleo de Doenças e Agravos Não Transmissíveis, Tânia Santos, destacou que Porto Alegre e Curitiba são as capitais com os maiores índices de suicídio na faixa etária dos 15 aos 25 anos. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é a terceira causa de morte no mundo. "A meta é criarmos um protocolo de atendimento aos profissionais de saúde com o intuito de desenvolver uma linha de atendimento integral. O projeto está previsto para 2014 e será em parceria entre o CEVS e o MS", adianta.  Segundo Tânia, de 2010 até meados deste ano, foram contabilizadas pelo Sistema de Informação de agravos de Notificações (Sinan) mais de 38 mil notificações de lesões auto-provocadas (suicídio e tentativas de suicídio). Deste total, 826 são do início de 2013 até o mês de maio, quando 151 foram a óbito.  Através do Sinan, todos os municípios devem fazer as notificações das tentativas e práticas de suicídio em todos os estabelecimentos em saúde, sejam da rede pública ou privada. Estes dados serão posteriormente utilizados pelo MS, para desenvolvimento, avaliação e formulação de programas de saúde que atuem na prevenção e redução do número de casos.  O tema levou o CEVS e o Hospital Mãe de Deus a criarem o "Manual de Prevenção ao Suicídio", lançado em 2012, para servir de referência tanto aos profissionais de saúde que atuam no combate ao problema, quanto aos próprios pacientes. A publicação integra o programa de Promoção da Vida e Prevenção do Suicídio, que é uma iniciativa conjunta do CEVS e do SSMD, iniciada em 2008.  O manual ensina a identificar o risco de suicídio e a encaminhar essas pessoas para tratamento adequado em hospitais ou Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), e foi desenvolvido a partir de uma pesquisa realizada nas cidades de Venâncio Aires, Santa cruz do Sul, Candelária e São Lourenço do Sul, municípios com mais registros de suicídio na época.    Segundo Fabíola Deves, coordenadora da Vigilância Epidemiológica do Município, existe há intenção de se criar o CAPs em Soledade, devido a isso ela fez esta captação, juntamente com a psicóloga Helana Tams Batezini, que hoje atende os casos de saúde mental na Cidade.

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