Comitês de bacias do Alto Jacuí (COAJU) e do Rio Passo Fundo (CBHPF) convidam a sociedade para discutir a implantação da cobrança da água. A cobrança da água bruta que será implantada em breve na região será assunto da reunião extraordinária dos Comitês de Bacias do Alto Jacuí (COAJU) e Rio Passo Fundo (CBHPF). O representante do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), Sidnei Gusmão Agra, explicará o processo de cobrança que tem como objetivo melhorar a qualidade dos recursos hídricos. O evento será realizado no dia 21 de junho (quinta-feira), às 13h30, no auditório da Faculdade de Direito da UPF, em Passo Fundo. O pagamento deverá ser feito pelos usuários que moram na Região Hidrográfica do Guaíba, que compreende nove comitês de bacias, entre eles estão os usuários do Coaju, que abrange 41 municípios da região. Esta cobrança será direcionada para os usuários dos setores de abastecimento, saneamento, indústria, mineração, agricultura, pecuária, turismo e lazer e navegação, ou seja, todos aqueles que retiram a água bruta dos mananciais hídricos para suas atividades terão que efetuar o pagamento. A região hidrográfica do Guaíba é composta por 290 municípios do Rio Grande do Sul e será a primeira a cobrar pela água bruta. A Agência do Guaíba, que ainda está sendo criada, é o órgão técnico responsável por conduzir o processo de implantação da cobrança, através de um planejamento estratégico. Em um primeiro momento, ela será gerenciada pela Fundação de Planejamento Metropolitano (Metroplan). O presidente dos Comitês de Bacias (COAJU e CBHPF), Claud Goellner ressaltou que o Plano de Bacia que está em andamento servirá como base para a cobrança da água na região e apontará em etapas futuras onde os recursos financeiros deverão ser investidos. Ele frisou que será a comunidade, através dos setores usuários, que decidirá o valor que será pago pela água. “Os recursos financeiros serão investidos para melhorar a qualidade da água utilizada. O dinheiro cobrado retornará para a bacia a fundo perdido”, explicou Goellner. A cobrança não tem relação com a taxa cobrada atualmente pela Corsan. "O que pagamos hoje é pelos serviços prestados pela Corsan para termos água potável e saneamento. A cobrança que deverá ser implantada será em relação ao uso da água e poluição gerada", esclareceu o presidente do Coaju. Informações pelo telefone (54) 3316-8153.
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