O Prefeito Paulo Cattaneo participou do ato de entrega do abaixo assinado pelo fim do modelo de pedágios existente no Rio Grande do Sul ao Governadador Tarso Genro. Na oportunidade estavam presentes os movimentos sociais de toda a região norte do Estado. A concessão do polo de Carazinho que engloba 4 praças de pedágio, dentre elas a de Soledade, encerrou-se no dia 7 de março, mas a Justiça estendeu esse prazo até 28 de dezembro. As novas assinaturas somam-se às onze mil já entregues pelos usuários da Região da Produção. As assinaturas farão parte do documento que será entregue aos ministros do STJ para análise do recurso impetrado pelo Estado. O RS argumenta que as concessões terminam a partir das assinaturas dos contratos e não do início de cobrança de tarifas nas estradas. O Governador Tarso Genro agradeceu a comitiva da região norte e disse que as decisões equivocadas do Poder Judiciário não representam derrotas do governo gaúcho, mas sim da população, que paga um alto valor pela tarifa. De acordo com o deputado estadual Edegar Pretto, o documento demonstra o apoio dos movimentos sociais da Região da Produção à decisão do Estado, de não prorrogar os atuais contratos de pedágio. "Estamos mostrando que, para além da decisão política do Governo do Estado, temos a sociedade mobilizada, pedindo o fim desta que se constituiu numa das maiores explorações ao bolso do nosso povo ao longo dos últimos 15 anos". Caso a decisão não seja revertida no Superior Tribunal de Justiça (STJ), a perspectiva é de que os atuais contratos estejam encerrados até o final deste ano. Para o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, a mobilização deixa clara a insatisfação da sociedade com a liminar que determinou a permanência dos contratos até dezembro. "Até porque o maior prejudicado não é o tesouro do Estado, mas o usuário que poderia estar deixando de pagar esse valor e continua por causa de uma decisão judicial", declarou Pestana. O Prefeito Cattaneo falou em nome dos prefeitos da região do Alto da Serra do Botucaraí e pontuou que os pedágios existentes encarecem a produção e dificultam o desenvolvimento da região. Cattaneo ainda falou sobre o fechamento da rota alternativa ao pedágio dizendo que a interferência da Justiça é um exemplo da falta controle público da rodovia, pois em determinados momentos a rodovia é de responsabilidade da concessionária, em outros do DAER, sem que sejam tomadas as decisões que a população necessita.
Soledade